- Democracia de base: a partir dela entendemos que deve haver a maior participação nas organizações e nas lutas que levamos adiante. Assim como a luta deve ser travada com a participação de todos, entre todos também devem ocorrer as decisões. A discussão coletiva também compõe a formação coletiva, e isso se opõe a existência de dirigentes iluminados de um lado e a massa ignorante de outro. Em síntese, a democracia de base implica na igualdade entre todos e no compromisso coletivo.
- Ação Direta: significa a busca constante em gerar o maior protagonismo dos trabalhadores na construção e no desenvolvimento das organizações sindicais, assim como nas suas lutas. Ação Direta é a participação direta nas decisões e ao mesmo tempo a execução das atividades militantes sem intermediários.
- Independência de Classe: as organizações sindicais devem se desenvolver sem a tutela do Estado, de governos, de partidos ou das classes dominantes. O fortalecimento das organizações de base e o protagonismo popular devem dar-se independentes do governo ou das eleições burguesas.
- Solidariedade de Classe: muitas vezes corremos o risco de ficarmos isolados ou enfraquecidos pelas lutas específicas ou coorporativas. Porém, as tarefas permanentes que desenvolvemos são o que definem nossa prática e discurso, sendo assim a melhor forma de propaganda de nossa posição. Não devemos ficar somente na interna do sindicato onde atuamos. É fundamental a união das diferentes lutas isoladas ou dispersas. Isso não significa apenas ter mais força nos conflitos, mas também é um princípio que deve estar sempre presente como orientador de nossas práticas. Em resumo, são as práticas sindicais articuladas com um conjunto de idéias que permitem romper com o corporativismo e a burocracia.
Outro tema que tem nos acompanhado na construção de uma concepção sindical é a política sindical. Entendemos como ponto de partida que o sindicalismo deve as massas, o conjunto de trabalhadores. Por isso a importância de atender aos problemas reivindicativos e oferecer alternativas concretas. Porém, para uma ação sindical com perspectiva revolucionária o fim não pode estar nas reivindicações imediatas e nem podemos nos conformar com os limites que o sindicato nos impõe.
Temas para o debate:
- Análise de Conjuntura e panorama sindical de cada realidade
- Como romper e superar a fragmentação dos trabalhadores e também do movimento sindical em distintas correntes, agrupações e centrais sindicais?
- Como cada organização compreende o trabalho em unidade?
- Quais as propostas de articulação latino-americana que envolvem a luta contra o plano IIRSA e a solidariedade de classe?
Foi muito debatido o tema de como construir a unidade. Deu-se destaque sobre a importância do método para se chegar aos fins: construção desde a base, levar na prática aquilo que se propõe e considerar as especificidades de cada região. O grupo de discussão sindical foi composto por uma diversidade de categorias e agrupação sindicais de distintas matizes (Ex. Brasil: Conlutas, Intersindical, Independentes, Resistência Popular, Alternativa Sindical Socialista, Movimento Revolucionário). Isso proporcionou um debate com opiniões bastante heterogêneas. Apesar da diversidade e diferenças, chegou-se a um consenso de que o sindicalismo é essencialmente prático, e é na atuação cotidiana que vão se avançado e aproximando as diferenças.
A independência de classe tem uma importância fundamental na luta contra os governos e os patrões num cenário latino-americano em que grande parte do movimento sindical está burocratizado e atrelado ao inimigo de classe. Entendemos a necessidade de construção de um programa mínimo anticapitalista e antiimperialista com um controle dos trabalhadores sobre os sindicatos sem que exista o distanciamento entre base e direção.
Encaminhamentos:
- Realizar o encontro latino-americano (ELAOPA) a cada dois anos, intercalado com encontros em cada país. Realizar no Brasil encontros por regiões.
- Trabalhar em nível sindical todo este ano e o próximo para gerar unidade de base nas ações com todos e todas aqueles (as) que lutam e comungam um projeto de construção sindical diferente do hegemônico.
- Manter contato permanente através da lista de e-mails, socializando-a.
- Trabalhar para aproximar o movimento sindical dos movimentos sociais (trabalhadores precarizados, desempregados, sem-teto, camponeses e outros)
- Tomar as datas das reuniões do Plano IIRSA como datas de mobilizações nos lugares onde se realizam.
- Trabalhar a informação e divulgação sobre as conseqüências do IIRSA e organizar uma campanha permanente, similar as mobilizações contra a ALCA.
- Fortalecer a luta dos trabalhadores dos correios, pois a comunicação é um setor estratégico para derrotar o IIRSA e é onde os trabalhadores já estão sofrendo as conseqüências.
ARRIBA LOS QUE LUCHAN!
NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!
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